Protecionismo, inteligência artificial e novos hábitos de consumo já estão moldando o futuro dos negócios no país
Por Stod Magazine
O mundo está mudando rápido. Tensões políticas entre países, avanços tecnológicos e mudanças no comportamento do consumidor estão transformando o ambiente de negócios. A globalização, que por décadas significou integração e troca entre nações, agora dá sinais de enfraquecimento. Em vez de ampliar as conexões, muitas potências estão priorizando segurança, produção local e controle estratégico.
O Brasil, que sempre teve papel importante como fornecedor de alimentos, energia e recursos naturais, pode ganhar destaque nesse novo cenário. Mas precisa estar preparado para aproveitar esse espaço.
Protecionismo e a nova lógica do comércio internacional
Países buscam reduzir riscos e repensam sua dependência da China
Durante anos, boa parte do mundo confiou na China como fábrica global. Era mais barato, mais eficiente e parecia seguro. Mas a pandemia, a guerra na Ucrânia e as disputas entre China e Estados Unidos mostraram o risco de depender demais de um único país para itens essenciais.
Hoje, Estados Unidos, Europa e Japão estão tentando trazer parte da produção de volta para seus próprios territórios ou buscar fornecedores mais próximos e confiáveis. Esse movimento está redesenhando as cadeias de suprimento internacionais.
O país pode se tornar um parceiro relevante em setores estratégicos, como energia limpa e tecnologias aplicadas ao agronegócio e à indústria.
Segundo projeções da OCDE, cenários extremos de desglobalização poderiam reduzir o PIB mundial em até 5%, refletindo os custos de cadeias menos eficientes.
Inteligência artificial e automação deixam de ser tendência e viram base do jogo
Empresas que não adotarem novas tecnologias correm o risco de desaparecer
A inteligência artificial já faz parte do dia a dia de grandes empresas no Brasil. Magazine Luiza, Mercado Livre, bancos e fintechs usam IA para prever o que os clientes querem comprar, otimizar entregas, evitar fraudes e melhorar o atendimento.
Enquanto isso, milhares de pequenas e médias empresas ainda operam de forma manual ou com sistemas desatualizados. Isso cria uma distância cada vez maior entre quem cresce e quem fica para trás.
Investir em tecnologia não é mais diferencial. É o mínimo necessário para competir. Além disso, com diferentes países criando suas próprias regras para dados e segurança digital, o Brasil precisa definir como proteger sua soberania tecnológica sem perder espaço no mercado global.
O novo consumidor e a força das redes sociais no comércio
Sustentabilidade, posicionamento e venda direta pelas redes sociais definem o jogo
O consumidor brasileiro está mais consciente, mais conectado e mais exigente. Ele quer saber de onde vem o produto, como foi feito, se a marca tem responsabilidade ambiental e se tem posicionamento claro em questões sociais. As empresas que não entregam valor real ou não se comunicam com autenticidade acabam sendo deixadas de lado.
Ao mesmo tempo, as redes sociais deixaram de ser apenas um canal de marketing. Viraram espaço direto de vendas. Instagram, TikTok e WhatsApp já movimentam cerca de 20% do faturamento do e-commerce nacional. Esse modelo exige linguagem própria, atendimento rápido e uma experiência de compra integrada ao conteúdo.
As marcas que se adaptarem a esse novo comportamento têm mais chances de fidelizar e crescer. Quem não acompanhar essa mudança perde espaço mesmo tendo um bom produto.
2026 será um ponto de virada
Quem souber se adaptar lidera. Quem esperar demais pode sair do jogo
Nos próximos meses, as empresas brasileiras vão precisar tomar decisões importantes. Entender o novo cenário global, investir em inovação e se conectar com o consumidor atual serão pontos essenciais para crescer com consistência.
O Brasil está em posição estratégica. Mas para aproveitar esse momento, o setor empresarial precisa agir com visão, agilidade e coragem. O futuro não será dominado por quem tem mais recursos e sim por quem estiver mais preparado.